sexta-feira, 23 de abril de 2010

Face da dor

Eu a finalizo antes que ela me incomode demais
Gosto de poetizá-la, pois a vi de perto...
Seu rosto é fino...
Olhos escuros, até dóceis
Enganadores...de sorriso fácil...
Fazendo com que me sentisse confortável até
Doce mentira...
De repente fui tomada por um arrepio de força
Com um grito de loucura e derrota
Soltou-me enfim...

Mas Livre não parecia inteira...
Pois há muito fui sua prisioneira
Onde estaria o alívio afinal...?

Percorrendo caminhos incertos
Tortuosos ainda...
Deitei-me em relva
Para refletir o que fazer com a liberdade
E pude olhar para o céu
Sentir gotas de orvalho em minha face, tão lindo... lindo...
Onde estavas que até outrora não a via imensidão?
Até que ponto a dor havia me cegado...?

Assim amanheci e algo em mim despertou...
Livre... eu sou livre...
Abençoei o dia em que a conheci
Hoje minha alma sobrevive
Com a doce marca da dor
A esperança do amor...
Seja ele qual for...

Um comentário:

  1. Amida amei muito! escreve uma para eu homenagear meu pai no níver dele? bjosss

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